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O dia que me dei conta de que era Mulher!


Cartaz de 1942 - Inspirado na foto da ex-operária naval Naomi Parker Fraley

Acredito que todo mundo passa inconscientemente ou conscientemente pelo dia que descobre qual o seu gênero, bom comigo não foi diferente, mas infelizmente descobri que era mulher de uma forma não muito agradável.

Logo que minha sócia e eu decidimos abrir a nossa produtora, a BeeL Films, fizemos várias parcerias com outras produtoras e diretores já do mercado para termos mais experiências. Assim trabalhávamos juntos desenvolvendo projetos, produzindo e editando. Mesmo com pequenos salários, as vezes até ajuda de custo estávamos felizes pela troca e novos aprendizados. Até que um dia fizemos um trabalho completo para um desses parceiros em uma equipe com outros profissionais.

O fato é que infelizmente na hora do pagamento não saiu muito bem conforme o combinado, os prazos não foram cumpridos e o desgaste começou, mas ok, sabemos que as vezes acontecem imprevistos e isso também serve de aprendizado. Porém chegou um determinado momento, meses depois, que descobrimos que somente nós duas não havíamos recebido e não estávamos tendo nenhum retorno de contato, e justificativa pelo ocorrido. Toda equipe já estava tranquila meses antes. O trabalho já havia ido ao ar, a única coisa que faltava era uma resposta, uma devolutiva do ocorrido.

Meses depois, quando finalmente conseguimos um sinal de vida e que resolvemos as questões pendentes, fomos julgadas com incompreensíveis. Bom, ai que está o erro, pois foi nesse momento que realmente compreendemos o que estava ocorrendo, que nos descobrimos mulheres e vimos que aquele papo, que este papo, de diferença entre gêneros no mercado de trabalho é sim real, e precisa ser dito e modificado. Esse foi apenas um case, mas quantos de nós, homens e mulheres não sabemos de vários outros que mostram que as mulheres são mulheres no trabalho?

O bom disso tudo é que novamente aprendemos, levamos ainda mais em conta em ter uma equipe com mais mulheres, darmos voz a elas, a nós, mostrarmos nosso potencial e assim buscarmos a igualdade, do respeito, do salário e das oportunidades.

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Deixo o link de um vídeo da Finansforbundet, que gosto muito e que trata dessa questão de uma maneira muito simples de entender, para quem tiver interesse.

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